sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em Defesa do DOGMA 95



DOGMA ´95 E A DEMOCRATIZAÇÃO DO CINEMA

--O manifesto Dogma 95 foi criado para fazer contraponto à artificialidade reinante na indústria cinematográfica há época do centenário do Cinema (considerando sua criação no dia 28 de dezembro de 1895).

--Thomas Vinterberg, Lars von Trier, e outros Diretores dinamarqueses, redigiram o manifesto acreditando que o Cinema estava contaminado pela máquina industrial que dá suporte às grandes produções de tipo Hollywodianas

--O documento – que visava purificá-lo – é o resgate do Cinema arte e, segundo seus idealizadores, qualquer um que siga suas premissas pode produzir um filme.

--A proposta dos diretores foi abrir mão de tudo o que atrapalhasse o desempenho do Cinema deixando apenas sua essência: o roteiro, os atores e o momento pelo momento.


--Paradoxalmente, as limitações impostas pelo Dogma 95 conduzem à libertação. O cumprimento das 10 regras impostas obriga a busca de alternativas e serve de estímulo à criatividade.

--É um passo à frente na democratização do Cinema, desde que antepõe o valor da capacidade narrativa sobre a técnica e o os artifícios, que dissimulam a carência de conteúdo.

--Dogma 95 propõe um Cinema cru e irreverente, que procura emancipar a forma de ver e de fazer Cinema. O que o “voto de castidade” busca vai muito além das dez regras. Trata-se de fazer bons filmes sob outros termos, que procuram conter a avalanche de lixo em pacote de luxo, que o Cinema comercial nos vende.

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