DOGMA ´95 E A DEMOCRATIZAÇÃO DO CINEMA |
--O manifesto Dogma 95 foi criado para fazer contraponto à artificialidade reinante na indústria cinematográfica há época do centenário do Cinema (considerando sua criação no dia 28 de dezembro de 1895).
--Thomas Vinterberg, Lars von Trier, e outros Diretores dinamarqueses, redigiram o manifesto acreditando que o Cinema estava contaminado pela máquina industrial que dá suporte às grandes produções de tipo Hollywodianas
--O documento – que visava purificá-lo – é o resgate do Cinema arte e, segundo seus idealizadores, qualquer um que siga suas premissas pode produzir um filme.
--A proposta dos diretores foi abrir mão de tudo o que atrapalhasse o desempenho do Cinema deixando apenas sua essência: o roteiro, os atores e o momento pelo momento.
--Paradoxalmente, as limitações impostas pelo Dogma 95 conduzem à libertação. O cumprimento das 10 regras impostas obriga a busca de alternativas e serve de estímulo à criatividade.
--É um passo à frente na democratização do Cinema, desde que antepõe o valor da capacidade narrativa sobre a técnica e o os artifícios, que dissimulam a carência de conteúdo.
--Dogma 95 propõe um Cinema cru e irreverente, que procura emancipar a forma de ver e de fazer Cinema. O que o “voto de castidade” busca vai muito além das dez regras. Trata-se de fazer bons filmes sob outros termos, que procuram conter a avalanche de lixo em pacote de luxo, que o Cinema comercial nos vende.
Nenhum comentário:
Postar um comentário