sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Equipe Técnica



PRODUÇÃO - EQUIPE TECNICA
Diretor de produção: Leo Pinheiro
Assistentes de Produção: Sandra Rodrigues, Carla Dantas, Rodrigo Franco
Assistente de Direção: Alexandra Giovanelli, Clara Nielsen, Mariana Katona.
Diretor de Fotografia: Edgar Romano
Roteiro: Rosario Boyer
Operadores de Câmera: Neto Favaron, Joaquim Paulo Delphim,                        Luiz Scheleder, Rafael Eiras.
Operador de Áudio: Igor Trípoli, Marcelo Eduardo.
Assessoria de Imprensa: Leo Pinheiro,  Cristiane Machado 

Edição: Rosario Boyer, Alex Teix
Masterização de som: Alex Teix
Música: Hélcio Hime
Making off: Leo Tafuri

Velório em Família - Sinopse


--Dr. Eriberto, um poderoso industrial de 60 anos, morre vítima de um ataque cardíaco enquanto dorme. Durante o velório, sua viúva, D. Catarina, e seus três filhos; Camila, Bernardo e a caçula Carolina, recebem familiares, amigos e a nata da sociedade.--O que nenhum deles esperava é a imprevista chegada de Socorro, a babá dos filhos de Carolina, que chega chorando desconsoladamente e, aos berros, revela que o Dr. Eriberto não poderia tê-la abandonado justamente naquela hora.
--Todos se entreolham, sem entender a atitude da moça, mas antes que alguém pudesse dizer uma palavra, Socorro desmaia e é levada às pressas ao hospital.
--Cresce então a suspeita entre a viúva e os filhos do empresário, de que a jovem empregada guarda um grande segredo sobre o falecido. O clima de tensão se agrava quando é descoberto que Socorro está grávida.
--Tendo a suposição óbvia de que o filho que a babá espera tem o sangue de Dr. Eriberto, e que terá direito a uma fatia de sua imensa fortuna, os filhos e os genros tramam um plano para neutralizá-la.
--Na medida em que os acontecimentos se sucedem, a cobiça faz os envolvidos mudarem seu comportamento, deixando cair por terra seus valores, convicções e, é claro, suas máscaras, que ostentavam orgulhosamente.
--Morte, traição, AIDS, inveja, dinheiro, ingenuidade, amor, brigas familiares, tradição são alguns dos temas abordados no filme, que revela a incrível dificuldade que os seres humanos têm de se relacionar com suas próprias realidades.

Os Realizadores de "Velório em Família"

                                                           Edgar Romano  e Rosario Boyer


Rosario Teresa Boyer  é  advogada, escritora, e cineasta, formada nas Universidades Bennet e Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Seu roteiro “A Trégua”, recebeu o premio de Melhor Roteiro para longa metragem de ficção no Low Budget International Film Festival de Cuba 2008.No mesmo festival em  2010, ganhou menção especial pelo roteiro “Segredos em Família”

-         Edgar Romano,  ator e professor de dramaturgia, cursou a faculdade de Cinema da Universidade Estácio de Sá, participando na produção de diversos curta-metragens exercendo as funções de Diretor, Diretor de Fotografia e Produtor de Elenco. Faleceu em 2009 aos 43 anos de idade.

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Realiza-se no Brasil o Primeiro Filme Seguindo os Preceitos do Dogma '95













VELÓRIO EM FAMÍLIA – O PRIMEIRO DOGMA 95 BRASILEIRO
--Ao cumprir-se 10 anos do manifesto firmado em Copenhague por um grupo de diretores dinamarqueses, liderados por Lars Von Trier e Thomas Vinterberg, conhecido como Dogma 95, dois cineastas, Rosario Boyer e Edgar Romano, resolveram comemorar a data realizando, no Rio de Janeiro, o primeiro filme brasileiro concebido de acordo com suas rígidas normas. O nome do 1º Filme Brasileiro Dogma 95 é  “Velório em Família”. --As filmagens começaram o dìa 13 de março de 2005, simbolicamente, a mesma data em que, uma década antes, fora assinado na Dinamarca o chamado “voto de castidade”, um decálogo que se apresentou como alternativa da artificialidade reinante na indústria cinematográfica há época do centenário do Cinema (considerando sua criação no dia 28 de dezembro de 1895).--O Dogma 95 prima pela volta às origens da Sétima Arte, dando ênfase à sua essência, o roteiro e a interpretação, acima de qualquer enfeite supérfluo.--Rosario e Edgar seguiram  à risca os mandamentos do Dogma, alguns deles de difícil cumprimento.--

Em Defesa do DOGMA 95



DOGMA ´95 E A DEMOCRATIZAÇÃO DO CINEMA

--O manifesto Dogma 95 foi criado para fazer contraponto à artificialidade reinante na indústria cinematográfica há época do centenário do Cinema (considerando sua criação no dia 28 de dezembro de 1895).

--Thomas Vinterberg, Lars von Trier, e outros Diretores dinamarqueses, redigiram o manifesto acreditando que o Cinema estava contaminado pela máquina industrial que dá suporte às grandes produções de tipo Hollywodianas

--O documento – que visava purificá-lo – é o resgate do Cinema arte e, segundo seus idealizadores, qualquer um que siga suas premissas pode produzir um filme.

--A proposta dos diretores foi abrir mão de tudo o que atrapalhasse o desempenho do Cinema deixando apenas sua essência: o roteiro, os atores e o momento pelo momento.


--Paradoxalmente, as limitações impostas pelo Dogma 95 conduzem à libertação. O cumprimento das 10 regras impostas obriga a busca de alternativas e serve de estímulo à criatividade.

--É um passo à frente na democratização do Cinema, desde que antepõe o valor da capacidade narrativa sobre a técnica e o os artifícios, que dissimulam a carência de conteúdo.

--Dogma 95 propõe um Cinema cru e irreverente, que procura emancipar a forma de ver e de fazer Cinema. O que o “voto de castidade” busca vai muito além das dez regras. Trata-se de fazer bons filmes sob outros termos, que procuram conter a avalanche de lixo em pacote de luxo, que o Cinema comercial nos vende.

O Manifesto Dogma '95


DOGMA ´95

“Eu juro me submeter ao seguinte conjunto de regras criado e confirmado pelo Dogma 95:

1- A imagem deve ser feita em locação. Objetos e cenários não podem se incorporados. Se um determinado objeto em particular for necessário à historia, deve-se encontrar uma locação onde tal objeto exista.

2- O som nunca pode ser produzido separadamente das imagens e vice-versa. Música não deve ser usada a não ser que ocorra na cena que está sendo filmada.

3- A câmera deve estar na mão. Qualquer movimento ou imobilidade é permitido, desde que seja produzido pela mão. O filme não pode passar onde a câmera esteja. A filmagem deve ocorrer onde o filme se passa.

4- O filme deve ser em cores. Iluminação especial é inaceitável. Se há muito pouca luz para a exposição, a cena deverá ser cortada, ou uma simples e única lâmpada deverá ser acoplada à câmera.

5- Trabalhos óticos e filtros estão proibidos.

6- O filme não pode conter ação superficial. Assassinatos, disparos de armas, etc., não podem ocorrer.

7- Alienação temporal e geográficas estão proibidas. Isso quer dizer que o filme se passa aqui e agora.

8- Filmes de gênero não são aceitos.

9- O formato final do filme precisa ser 35 mm acadêmico.

10- O diretor não deve receber crédito.

--Além disso, juro como diretor, renunciar a meu gosto pessoal. Não sou mais um artista. Eu juro renunciar à criação de uma obra, já que considero o instante mais importante que o todo. Meu objetivo supremo é arrancar a verdade de meus personagens e cenários. Prometo fazê-lo por todos os meios a minha disposição e ao custo de qualquer bom gosto e considerações estéticas. Portanto faço aqui meu voto de castidade”.

Copenhague, segunda feira, 13 de março de 1995.

Lars Von Trier e Thomas Vinterberg.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Velório em Família - 1º Dogma 95' Brasileiro


DOGMA'95
Após a assinatura do Manifesto Dogma 95, no dia 13 de março de 1995, em Copenaghem, por cineastas liderados por Thomas Vintemberg e Lars Von Trier,  já foram realizados filmes Dogma  '95 em quase todos os  paises com atividade cinematográfica .   O Dogma 95 significa um resgate do verdadeiro cinema. E isso é possível, porque a forma  de produção estabelecida nos seus mandamentos, desnuda completamente o filme, abrindo mão de tudo o supérfluo, que somente tem como objetivo dissimular a falta de conteúdo, deixando apenas a essência do cinema: o roteiro, os atores e o momento pelo momento.
         Paradoxalmente, as limitações impostas pelo Dogma 95 conduzem à libertação. O cumprimento das 10 normas impostas obriga aos cineastas a buscar alternativas e serve de estímulo à criatividade. É um passo à frente na democratização do cinema, desde que antepõe o valor da capacidade narrativa sobre a técnica e os artifícios,
     Dogma 95 propõe  um cinema cru e irreverente, que procura emancipar a forma de ver e de fazer cinema,.
    Trata-se de fazer um bom filme, que sustente a atenção do espectador pela boa atuação e o bom roteiro, livre de artifícios que mascaram a falta de conteúdo.
    “VELÓRIO EM FAMÍLIA”, tem o orgulho de ser o PRIMEIRO FILME BRASILEIRO DOGMA’95, um marco na história do Cinema Nacional.
      A direção é de Rosário Boyer e Edgar Romano, ambos formados pela Faculdade de Cinema Estácio de Sá . O roteiro foi escrito por Rosario Boyer, baseado no livro “Velório em Família - os contos que inspiraram o roteiro do primeiro filme brasileiro Dogma 95”, Editado pela All Print Edições, São Paulo.